A União Soviética realizou um teste nuclear no Cazaquistão em 1956 que
provocou 4 vezes mais casos de envenenamento por radiação nuclear do que
Chernobyl. Moscovo sabia, mas omitiu o caso.
Um teste soviético com armas nucleares em Semipalatinsk e Öskemen no
Cazaquistão, em 1956, fez mais de 600 doentes por contacto com radiação
altamente perigosa, mas o caso foi encoberto por Moscovo, desvendou esta
quinta-feira New Scientist.
De acordo com os relatórios encontrados por Kazbek Apsalikov, diretor
do Instituto de Medicina Radioativa e Ecologia, e enviados àquela
revista científica, este foi um desastre nuclear quatro vezes mais
devastador que Chernobyl em termos de número de casos de doença aguda
provocados por radiação nuclear.
O mesmo relatório revela que
Moscovo soube da contaminação radioativa que assolou as cidades do
Cazaquistão através de três expedições científicas aos locais do teste
pelo Instituto de Biofísica de Moscovo. No entanto, a decisão da União
Sovética foi manter o caso em silêncio e continuar os testes nucleares
para observar as consequências da submissão a níveis tão elevados de
radiação. Semipalatinsk tornou-se então num campo de testes até 1960.
Aquando da dissolução da União Soviética, a imprensa começou a escreveu
sobre o estado de saúde dos residentes nessas cidades do Cazaquistão
provocados por esses testes. Vinte e seis anos mais tarde, sabe-se agora
que um dos testes foi quatro vezes mais devastador que o acidente
nuclear de Chernobyl.
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Data: 23.03.2017
Fonte: www.observador.pt
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